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drag academia

projeto

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Na arte drag, os padrões estéticos de gênero são investigados até serem dissolvidos em sátiras que desmascaram sua violência normativa. A série drag academia é composta por eventos, conferências e textos performativos que direcionam essa operação tipicamente cuir – a paródia corrosiva – para os padrões acadêmicos. Ou seja, a tática de montação drag é acionada por meio de um deslocamento central: não é meu corpo que se monta (às vezes é), mas o corpo da academia.  

 

A proposta joga com um padrão de formatação do conhecimento que tenho chamado de “performatividade da academia”, em analogia com o conceito de performatividade de gênero elaborado por Judith Butler. A performatividade da academia – que, assim como a de gênero, é uma estilização do corpo e da linguagem prescrita por instituições coloniais – inclui um extenso conjunto de normas tácitas sobre como os corpos devem se comportar no ambiente acadêmico e quais são as linguagens escritas e orais legitimadas na produção de conhecimento. 


O projeto drag academia é um campo experimental que teatraliza essas normas, debochando dos mecanismos coloniais de autoridade e legitimação acadêmicas. É um salto epistêmico, mas salto 15, servindo realness, passabilidade conceitual e close hermenêutico.

O projeto drag academia é composto pelas obras: drag colóquios (série), drag conferências (série), drag sumários, drag paper (tríptico) e drag plano de ensino.

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